Toda pessoa que procura ajuda médica e / ou psicológica tem o direito de tomar conhecimento da formação e da qualificação dos profissionais. Exatamente por isso, faz-se necessário um melhor esclarecimento quanto a formação e a capacitação destes:
Psicólogo: profissional formado por uma faculdade de Psicologia (curso de duração de cinco anos em média) que o habilita a exercer:
- Psicoterapia, em suas diversas modalidades.
- Psicologia Organizacional (em empresas).
- Aplicação de psicotestes, como um recurso de finalidades diagnósticas e de seleção de pessoal.
- Psicologia Escolar ou Educacional (nas escolas).
- Exercício da Psicanálise Clínica (desde que complemente sua formação básica de psicólogo com uma nova, exaustiva e específica formação de psicanalista, em alguma instituição reconhecida).
Psiquiatra: um médico pode candidatar-se a fazer uma formação psiquiátrica em alguma instituição reconhecida, onde ele fará um curso especial que tem uma duração média de quatro anos. Uma vez aprovado, ele estará em condições de exercer psicoterapias e de tratar “pacientes psiquiátricos” (como psicóticos hospitalizados, depressões graves, crises de pânico, drogaditos, etc.) com medicação psicotrópica. Caso o psiquiatra queira tornar-se um psicanalista, deverá ter o complemento de uma completa formação psicanalítica. Na atualidade um grande número de psiquiatras exerce uma “psiquiatria dinâmica”, mais voltada para tratar dos dinamismos dos transtornos psíquicos, enquanto outro expressivo número deles dedica-se prioritariamente à “psiquiatria biológica”, com o respectivo emprego da moderna psicofarmacologia e com um respaldo nos conhecimentos portados pelas neurociências.
Psicanalista: tanto um psiquiatra como um psicólogo que desejam tornar-se psicanalistas deverão procurar uma sociedade psicanalítica filiada a uma entidade internacional mater (IPA), submeter-se a uma seleção rigorosa e, na condição de “candidato”, a uma “análise didática” (duração média de 7 anos) concomitantemente com seminários teórico-técnicos, supervisões individuais e coletivas, apresentação de monografias, comparecimento a reuniões clínicas semanais, participação em jornadas e congressos, etc. Para a obtenção da condição de psicanalista, no mínimo é necessário que o candidato egresso do Instituto de Psicanálise submeta a uma assembléia a apresentação de um trabalho clínico com vistas a passar da condição de “candidato” para a de “membro associado”. Daí, se ele desejar, poderá ascender a outras posições prosseguindo em seus estudos. Assim, um psicanalista está habilitado a exercer a psicanálise clínica, com o uso do divã para os seus analisados, com um maior número de sessões semanais, tendo em vista o propósito de um acesso às regiões profundas do inconsciente que determinam os nossos traços de caráter, conflitos, sintomas, inibições, angústias e transtornos de psicopatologia.
Psicoterapeuta: é uma denominação mais genérica que designa a condição de um técnico especializado – psicólogo, psiquiatra ou psicanalista – exercer uma função de tratar algum paciente com alguma forma de psicoterapia fundamentada em princípios variados, conforme determinadas correntes que mereçam um crédito de idoneidade.