Programas impulsionam setor e exigem mais mão de obra!
Profissão? Pedreiro. E com orgulho. Essa é a frase que todo empresário da construção civil sonha ouvir nas salas de recrutamento.
O futuro é promissor para quem atua no setor. Projetos como o Minha Casa, Minha Vida, que já contratou a edificação de 700 mil unidades residenciais no país, são um dos fatores que garantem o bom momento por, pelo menos, mais dois anos. Garantir a infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada do Rio de Janeiro também irá demandar trabalhadores em larga escala.
– Além disso, temos os empreendimentos particulares em todo o país. O acesso ao crédito abriu um mercado novo, que só cresce – diz o diretor de Economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon/SP), Eduardo Zaidan.
A crescente demanda por mão de obra, especialmente para cargos como carpinteiro, pintor, azulejista, guincheiro e pedreiro, ainda não provoca retração no setor, mas já alerta para a concorrência por esse tipo de profissional.
Com o passe disputado, o operário do chão de obra deixa para trás a imagem de trabalhador de segunda categoria e passa a ser visto como um dos pilares de sustentação para o momento de expansão que vive a construção civil no país. O “biscateiro” dos anos 90 agora tem ofertas de sobra para atuar no mercado formal. E com mais dinheiro. Nos últimos 12 meses, o salário base de um pedreiro já subiu 9,41%, segundo o Sinduscon-RS.
Segundo o diretor regional do Senai-RS, José Zortéa, apesar da crescente procura por mão de obra, a busca dos trabalhadores pelos cursos de aperfeiçoamento e qualificação ainda é baixa, reflexo da desvalorização da profissão. Para reverter a visão negativa, o Senai já promove, em parceria com o Sinduscon, cursos regionalizados e direcionados a jovens aprendizes, que em geral garantem o primeiro emprego com vaga na indústria de construção.