Neste ano, 2011, irei completar 16 anos, não de vida, mas 16 anos exercendo a profissão de consultor.
Iniciei esta jornada em uma década no Brasil onde não se sabia de forma correta qual seria o verdadeiro papel de um profissional com competência / experiência sem vinculo empregatício, ou seja, CLT. Naquela época se iniciou uma reflexão, no qual ainda esta viva nos dias de hoje: Ser ou Estar Consultor tem diferença?
Não é raro, em nossas visitas de apresentação dos nossos serviços em empresas interessadas em nossos serviços, “ler” na visionomia do nosso contato, um sinal de dúvida / interrogação sobre o que realmente a empresa esta realmente querendo com os nossos serviços de consultoria. Nesta situação, torna-se mais difícil conseguir “extrair” desta conversa as informações mínimas necessárias para elaborarmos uma proposta coerente!
Na semana passada, li um artigo, de autoria do renomado consultor, o Sr Carlos Alberto de Campos Salles, no qual apresenta de forma clara e com bastante experiência no assunto, o título do artigo é muito sugestivo: “Por que eu quero um consultor?”.
Entrei em contato com o autor deste artigo e solicitei a sua permissão para republicá-lo em nosso WeBlog, a resposta foi positiva, logo estou convidando a todos os consultores e empresários a lerem este artigo, a fim de facilitar o seu entendimento, iremos publica-lo em 2 partes, segue a 1ª parte:
Por que eu quero um Consultor? – Parte 1
A prática de consultoria tem na experiência vivida e no conhecimento adquirido os requisitos essenciais para o atendimento eficaz das empresas clientes. Além da necessidade de uma boa dose de cultura geral, os conhecimentos específicos devem ser mantidos de forma atual e organizada e dirigidos para a área de especialização do consultor. Afinal o consultor é um especialista em um determinado assunto e seu produto é a venda de conhecimentos adquiridos.
Tempos atrás, a atividade de consultoria não passava nem perto das gerações formadas entre os anos 60 e 90. Essencialmente, foram gerações preparadas para atuar em instituições, sejam elas privadas ou públicas. Empreendedorismo não fazia parte de nenhuma grade escolar e consultoria é empreendedorismo. Mesmo porque, nessa época, consultoria era caro e praticamente só as grandes instituições as contratavam.
A opção pela atividade de consultoria começou a ganhar corpo no Brasil nos primeiros anos da década de 90 quando o mundo dos negócios sucumbiu aos americanos Michael Hammer e James Champy quando publicaram o livro Reengineering the Corporation – Reengenharia. A síndrome do desmanche e da destruição e reconstrução dos processos agiu como vírus e contaminou empresas em todo o mundo. A expressão, reengenharia, passou a significar simplesmente corte de custos e downsizing (abaixo os organogramas). Trabalhadores do mundo inteiro perderam o emprego em nome da reengenharia.
Profissionais qualificados, tomados pelo vírus da reengenharia, começaram a pensar na formulação e na construção de um “plano b” para a continuidade de suas vidas. Ao invés de emprego e salário, as palavras de ordem passaram a ser trabalho e renda. Como bem disse o Consultor Júlio Cardozo: “Cabe a nós dentro dessa sociedade baseada na informação, valorizar nosso conhecimento e transformar as competências adquiridas em algo que nos perpetue como população ativa, mesmo aos 70 anos”.
Boa parte desses profissionais partiu para a atividade de consultoria, como primeira “tábua de salvação” que veio em mente. Uns se deram muito bem, outros nem tanto (continuaram a agir e a pensar como assalariados e subordinados). Hoje temos um vasto leque de bons consultores distribuídos nos mais diversos segmentos de mercado com honorários que cabem nos bolsos dos clientes. Consultor certo para o cliente certo!
Carlos Alberto de Campos Salles
Consultor de Recursos Humanos
Remuneração – Desempenho – Competências
CA & RH Consultoria S/C Ltda.
(11) 9463 – 5859
Email: carh.consultoria@gmail.com