Recentemente li uma séria de reportagens sobre as perspectivas para os próximos anos sobre “economia limpa”. As reportagens foram publicadas pela Revista Veja (Edição 2145 – número 52 – 30/12/2009).
Aqui fica um recado para as empresas desenvolverem produtos / serviços com foco na “economia limpa”!
Nesta série de reportagens / estudos, a equipe de jornalista da Revista Veja, apresenta as 10 ideias e posturas de um novo mundo!
Seguem abaixo, os links para que possamos refletir sobre o que queremos sobre sustentabilidade para os próximos anos!
- Ecodesign
O apagar das luzes da lâmpada de Edison
Emissão zero em cidade nos Emirados Árabes - Carros elétricos
A chegada dos primeiros modelos de grandes montadoras - Executivos verdes
O perfil do líder moderno dentro das empresas - Energias renováveis
O vento é limpo mas ainda custa caro - Logística reversa
A reciclagem de resíduos já é bom negócio - Responsabilidade
Apagar o passivo ambiental vale dinheiro - Propaganda
A militância (e a polêmica) na publicidade - Globalização 2.0
A era da cidadania global - Capital natural
Está na hora de cobrar pelos recursos naturais - Créditos de carbono
Falta ainda saber quanto custa poluir
A seguir copiamos na íntegra o texto introdutório para esta série de 10 reportagens:
Svante Arrhenius era um desconhecido físico sueco quando, em 1896, fez um alerta: se a humanidade continuasse a emitir dióxido de carbono na atmosfera no mesmo ritmo que fazia desde a alvorada da Revolução Industrial, em 1750, a temperatura média do planeta subiria de maneira dramática, em decorrência do efeito estufa.
Pouca gente escutou o apelo de Arrhenius em seu tempo, um período sem carros, sem megalópoles, com apenas 1,2 bilhão de pessoas no mundo. Quase ninguém seguiu seu raciocínio na maior parte do século seguinte. Foi assim até que novas evidências científicas surgiram, além das catástrofes naturais. E nos anos 1960 brotou uma ideia romântica, utópica e alternativa de preservação da natureza. Ela hoje entrou na corrente principal do pensamento ocidental, ajudou a transformar os processos de produção industrial e moldou o perfil dos líderes empresariais que conduzem o capitalismo no século XXI. Há muito ainda a ser feito. Evidentemente, é um frágil equilíbrio, mas trata-se, agora, de agir já para pagar menos depois.
Um relatório produzido em 2006 pelo economista inglês Nicholas Stern, então no Banco Mundial, indica que investir imediatamente, a cada ano, 1% do PIB global pode evitar perdas de até 20% desse mesmo PIB até 2050. É informação que os líderes reunidos na COP15, em Copenhague, neste mês, tinham com nitidez. Esses números não os fizeram avançar muito, em uma cúpula que entrará para a história pelos tímidos resultados que ofereceu. Não há problema. Existe uma mensagem clara: os estados não se entendem, escorregam na burocracia e em interesses egoístas, mas a iniciativa privada saiu na frente. As empresas e a sociedade já fazem mais e melhor que os governos no combate ao aquecimento global. Eles ainda patinam para entregar sua principal – se não única – contribuição, a de definir um quadro institucional estável e favorável à livre-iniciativa, à inovação e ao empreendedorismo.
A seguir, VEJA faz um amplo painel dos lançamentos de produtos, das ideias e das posturas que, a partir de 2010, começarão a delinear mais claramente o cotidiano baseado na economia limpa.