Melhoria Contínua começa em nós (Por Emerson Macedo)

Apresentação1

Localizei em minhas pesquisas na rede um artigo muito bem elaborado sobre a Melhoria Contínua no qual seu autor, o Sr. Emerson Macedo, descreve com maestria que somente teremos sucesso em projetos de melhoria contínua em organizações nos quais atuamos como gestores e consultores, se começarmos com um “projeto pessoal / profissional”, ou seja, sendo exemplos de Kaizen e Hansei!

Segue  a seguir o seu texto na integra!

Nos últimos tempos tenho me interessado bastante sobre alguns pontos que considero fundamentais em agilidade e sustentabilidade de um projeto e/ou de uma empresa. Um desses pontos, acredito que seja a melhoria contínua (e.g. kaizenhansei). Muitas empresas tem buscado isso de diversas formas (muito interessantes por sinal), mas eu acredito fortemente que a melhoria contínua começa em nós, profissionais da área em questão. Sem que nós estejamos comprometidos em melhorar continuamente como profissionais e como pessoas,  melhoria contínua (e.g. kaizenhansei) pode acabar se tornando uma espécie de utopia, pois se as pessoas não melhoram, não tem como a empresa melhorar.

Sobre a melhoria contínua, vou focar aqui nos aspectos (1) errar e (2) compromisso com a mudança.

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Keko implementa Kaizen!

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Recentemente li uma reportagem na RH.com.br relatando um case de implementação da Filosofia Kaizen em uma empresa conhecida da serra gaúcha, a Keko Assessórios S.A..

No artigo, descreve de forma clara e objetiva quais foram os motivos e principalmente o “passo-a-passo” que esta empresa esta realizando para tornar esta filosofia em uma cultura / hábito junto aos colaboradores.

Clique aqui e acesse este artigo!

E na sua empresa como esta sendo a implementação desta filosofia? Mande seus comentários / testemunhos para nós!

Exemplos de Kaizen.

Dando continuidade ao post anterior no qual apresentamos a conceituação de KAIZEN utilizando-se das palavras do “Senhor Kaizen”, o Sr. Masaaki Imai, gostaria de apresentar alguns comentários sobre a recente reportagem publicada pelo jornal Zero Hora no dia de hoje (04/07/10) sob o título de “Talento Recompensado”.

Não são as grandes idéias que fazem com que as organizações sem mantenham no mercado, mas sim, uma série de pequenas idéias vindas dos colaboradores que no dia-a-dia percebem as dificuldades como oportunidades de melhorias.

O texto do artigo “Talento Recompensado” reforça esta teoria, através de exemplos tais como da GM (Gravataí) que em 2009, distribuiu R$ 600.000,00 para uma economia que chegou a R$ 3.500.000,00. O melhor projeto , oriundo de uma idéia, no final do ano ganha um carro! Existe um média de 8 sugestões para cada colaborador nesta planta da GM!

Ainda no texto deste artigo, podemos constatar a confirmação da teoria referente a uma série de pequenas melhorias gera grandes resultados, ou seja, em um dos projetos vencedores reduziu em 8 segundos por carro o processo de controle de qualidade do setor de pintura dos automóveis. Pode até parecer pouco, mas o novo método apresentado representa duas horas a menos num dia de produção da GM, gerando uma economia de R$ 127.000,00!

Capturar2Segundo pesquisas realizadas pela Fundação Dom Cabral (FDC), aponta que os empresários brasileiros ainda se ressentem de um ambiente interno favorável à inovação, mas já encontram entre seus funcionários os principais aliados para a criatividade. A inovação é fundamental para a sobrevivência da organização, comenta o professor Carlos Arruda, da FDC.

 

Conforme dados colhidos da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), em um processo de contratação, a competência CRIATIVIDADE só perde para a “capacidade de trabalhar em equipe”.

A coordenadora da Fundação Instituto de Administração (FIA), Ana Cristina Limongi, adverte que é necessário uma cultura de respeito e ética para implantar programas de participação no desenvolvimento de idéias.

Sem título

– O pagamento de um prêmio é polêmico porque indica uma monetarização do conhecimento. Hoje todos os programas são muito iguais – avalia.

Acesse o artigo na integra, clicando aqui.

Também sugerimos que analisem o conteudo dos seguintes artigos já publicados em nosso WeBlog (clique nos títulos):

  1. Você realmente inova no seu segmento ou simplesmente “melhora” o que já existe de inovador?, e;
  2. Programa de Idéias Criativas (PIC) na Sildre Plásticos e Matrizes Ltda.

Gostaríamos de receber as suas sugestões e comentários sobre estes assuntos!

Kaizen … sob a visão de Lean Manufacturing

Dando continuidade ao post anterior no qual iniciamos a nossa “jornada” pelo Lean Manufacturing, estamos apresentando uma visão nova sobre um termo japonês que por muito tempo foi mal interpretado pelos ocidentais, ou seja, o KAIZEN!

Nós ocidentais sempre buscamos para problemas complexos em nossas organizações, normalmente soluções complexas e caras, e principalmente de difícil assimilação junto aos colaboradores!

Em vez destas soluções de difícil implementação, o método Kaizen propõe medidas simples para a melhoria contínua com foco em resultados.

masaaki_imaiNa percepção de Masaaki Imai, fundador e principal executivo do Kaizen Institute, o principal lugar de uma empresa é o gemba, termo popular japonês para os locais onde o produto é desenvolvido (laboratórios), produzido (“chão de fábrica”) e os serviços realizados (loja de revenda, assistências técnicas e locais onde o consumidor é atendido).

O Sr. Imai critica de forma ostensiva a Alta Administração (Diretores) e a Alta Gerência (Gerentes) que não gostam de ir ao gemba, ficando atrás das suas mesas recebendo as informações em forma de relatórios.

Ele acredita que, se há uma anormalidade, o Gerente e até mesmo o próprio Diretor, precisam estar no local para julgar em tempo hábil e encontrar uma solução.

A idéia de levar os “dirigentes” para o “chão de fábrica” é apenas uma das propostas do “Kaizen”.

seg-KaizenKai, em japonês, significa “mudança” e Zen, “para melhor”. Juntas, podem significar “melhoria contínua” e dão nome ao método. A fórmula é simples, ou seja: “Todos fazem um pouco a todo momento”.

Os princípios do Kaizen não são menos singelos: se acontecer alguma anomalia, os “dirigentes” devem ir para o gemba e estar sempre verificando os bens tangíveis como máquinas, materiais, produtos com problemas e condições de segurança. “Faça análise, cheire, prove, leve para casa o produto rejeitado e você terá melhor compreensão do problema”, ensina o Sr. Imai, com a experiência adquirida em seus 72 anos, divididos entre a atuação em empresas e consultoria.

O “senhor Kaizen“, como se apresenta o Sr. Imai, prega a checagem periódica de produtos e a discussão do problema na fábrica, para assim remover sua causa pela raiz. Feito isso, é possível padronizar algumas ações e prevenir novos conflitos. “A checagem é o princípio mais importante”, ressalta.
Não há restrição de setor. Hoje adotamos seus princípios desde a indústria automotiva até processos bancários, educativos e governamentais. Para que a metodologia obtenha sucesso, ele destaca a importância da participação de todos, da base ao topo da pirâmide.

“O pessoal do gemba é muito conservador e a tendência de voltar à maneira antiga é muito grande”, afirma. “Quando a alta gerência toma iniciativa, os outros copiam.” Sr. Imai cita o exemplo do presidente de uma pequena empresa indiana que produz jarras de plástico, fiel seguidora dos princípios do método há sete anos. Lá, é comum ver o presidente entre seus funcionários limpando o chão da fábrica.

“Ele está envolvido no processo diário do gemba e isso se tornou um hábito”, diz o Sr. Imai. Outra proposta do Kaizen é a otimização de espaço e trabalho. Jogar fora tudo que não precisa: máquinas velhas, estoque inservível. “Dê uma olhada no gemba e coloque uma fita vermelha no que você acha desnecessário.
Se não houver um bom motivo para ficar, tire, ensina Sr. Imai. Além disso, todo item deve ter seu próprio endereço para ser localizado. São medidas simples como desenhar o formato das ferramentas onde elas devem ser guardadas, indicar com marcações no chão os passos a serem seguidos ou ainda colar fitas adesivas em arquivos. Com estas orientações, percebemos também que o Programa 5S tem vinculo próximo com o Kaizen.

O local de trabalho e os equipamentos devem ser limpos constantemente para evitar defeitos e, no processo, podem ser descobertos problemas. “Se o operador limpa e mantém seu equipamento, o pessoal da manutenção ganha tempo para se dedicar à previsão e design de novas máquinas”, diz o Sr. Imai.

Com as melhorias, estabelece-se o padrão a ser seguido. “A autodisciplina e a força de trabalho treinada são os benefícios mais importantes deste método”, ressalta o Sr. Imai. Mas o processo precisa ser contínuo e o gerente tem que dar apoio todos os dias. Fácil não é, mas mais simples impossível!

Os princípios do Kaizen asseguram melhoria contínua, ou seja:

  • Quando acontecer alguma anomalia, vá ao gemba (“chão de fábrica”);
  • Verifique bens tangíveis (máquinas, falhas, produtos rejeitados, condições de segurança);
  • Faça checagens temporárias do produto e discuta seus problemas no próprio local de produção;
  • Remova a causa do problema pela “raiz”, e;
  • Padronize para prevenir problemas.

Lembrando que melhoramento contínuo não é um programa estático e sim dinâmico, a melhor analogia é visualizarmos, quando pedalamos uma bicicleta, quanto mais você pedala, maior é a estabilidade e segurança da bicicleta, porém se você parar, nós caímos!