12 questões para entender melhor os conceitos de qualidade e produtividade (Por Cezar Sucupira)

Encontrei em minhas “garimpagens” pela internet uma entrevista extremamente esclarecedora sobre como entender de forma prática e objetiva os conceitos de qualidade e produtividade. O entrevistado não poderia ser melhor profissional, o Sr. Cezar Sucupira! Caso não tenham ainda conhecido este ícone, convidamos que clique neste link.

Aproveite ao máximo estas informações esclarecedoras contidas nesta entrevista (clique no hiperlink).

O Porquê de Implementar um Sistema de Gestão pela Qualidade baseado na NBR ISO 9001?

Capturar

Dez entre dez empresas optam pela implantação e certificação pela NBR ISO 9001 porque estão sofrendo pressão do mercado ou para ter um diferencial de marketing; em 20 anos não vimos uma empresa sequer se manifestar ( de forma honesta) que adotou a NBR ISO 9001 como ferramenta para melhoria do negócio (obviamente existem muitos empresários que após certo período, visualizam benefícios e adotam o sistema implantado como modelo de gestão e inserem no mesmo, atividades que a princípio nem era exigido pela norma). tal fato deve-se, a vários motivos, dentre os quais podemos destacar:

  • A estrutura da norma, versões 87 e 94 dificultava a visualização de tais benefícios, enfocando tão somente à garantia da qualidade, ou seja, a norma estabelecia requisitos que pudessem assegurar ao cliente, o recebimento de produtos dentro da especificação requerida; o enfoque de melhoria, de gestão do negócio, aparecia de forma bastante tímida e subjetiva em alguns poucos requisitos;
  • Pequena participação do corpo gerencial na implementação, certificação e manutenção do Sistema; repetindo, em muitas organizações certificadas, ISO 9001 se tornou um Sistema marginal, criado para ter o certificado e não para ajudar o negócio prosperar; via de regra, a pressão de clientes é recebida pelo Controle da Qualidade que é obrigado a responder inúmeros questionários de auto-avaliação e o responsável pela área se torna o “pai natural” da futura criança que está por nascer; a ISO 9001 acaba por ser um projeto de um departamento só, quase que um “patinho feio” cuja presença acaba sendo imposta aos demais departamentos da empresa; a diretoria enxerga o patinho como um mal necessário; inúmeras vezes em nossa atividade profissional ouvimos de diretores de empresas para “fazer somente o necessário” para se obter a certificação; além disso, a norma 94 pouco exigia da direção, bastando que a mesma execute e registre uma análise do sistema periodicamente;
  • Muitos consultores também costumam contribuir para que o “fazer somente o necessário” aconteça; a concorrência é bastante grande e cada vez mais, o mercado exige uma certificação em tempo recorde, fazendo com que os consultores ajam como “advogados que interpretam a lei”, e propondo as soluções mais fáceis do ponto de vista de atendimento aos requisitos, esquecendo de agregar valor ao processo; exemplo mais evidente é o processo de seleção de fornecedores baseados em questionário de auto-avaliação. Perguntamos: que valor isso agrega ao negócio? Respondemos: Nenhum, apenas cumpre um requisito normativo e gera um monte de papéis inúteis; não temos estatísticas a respeito, mas certamente mais de 80% das empresas certificadas adotam esta pratica para seleção de seus fornecedores.

Assim, para não se ter uma ISO 9001 somente na parede da recepção, sugerimos:

  • A direção da empresa precisa estar consciente que o Sistema a ser implantado não poderá ser um Sistema marginal, ele deverá ser parte da Gestão do Negócio, deverá interagir com os demais sistemas ( ex. gestão financeira); se você leitor, foi chamado pelo seu chefe para receber a missão de certificar sua empresa, questione se a direção está consciente que vai precisar trabalhar muito e participar do projeto; caso contrário a possibilidade de sucesso será bastante pequena; se a direção não tem a menor idéia do que vai acontecer, sugira que a mesma participe de um bom curso (as certificadoras realizam periodicamente); caso contrário, certamente a direção da empresa vai continuar promovendo reuniões com as gerencias para discutir assuntos do dia-a-dia e você será chamado uma vez por ano para falar de ISO 9001, como se o dia-a-dia não interagisse com o um Sistema de Gestão pela Qualidade baseado nos requisitos da NBR ISO 9001; a empresa vai continuar comprando novos equipamentos, fazendo expansões, contratando novos profissionais e você, leitor, vai correr atrás, tentado documentar as mudanças, sem mesmo saber o motivo pelas quais as mesmas foram promovidas. Além disso, questione se a empresa está preparada estruturalmente para implantar um projeto desta natureza; pode parecer óbvio, mas a realidade demonstra que o óbvio não é observado por muitos gerentes; implementar um Sistema de Gestão pela Qualidade baseado nos requisitos da NBR ISO 9001 vai exigir recursos e muitas vezes, dirigentes de empresas (principalmente, familiares) não estão dispostos a investir os recursos para fazer a coisa certa, postergando para um tempo indeterminado a disponibilização dos mesmos, gerando desmotivação de todos.
  • Além da direção, todos os demais colaboradores precisam saber que o projeto será implementado; tão logo a direção defina pela implantação de um Sistema de Gestão pela Qualidade baseado nos requisitos da NBR ISO 9001, promova reuniões e palestras com os funcionários, enfocando a necessidade da participação de todos no projeto;
  • Finalmente, questione se você tem o perfil ideal para conduzir um projeto desta natureza; um coordenador de um projeto ISO 9001, além de autoridade, precisa ter livre trânsito dentro da empresa, ter habilidades para motivar pessoas e se auto-motivar, não se deixando abalar por dificuldades que certamente encontrará no caminho.

Se mesmo depois de todas as dificuldades apresentadas, ainda sua empresa decidir pela implementação Sistema de Gestão pela Qualidade baseado nos requisitos da NBR ISO 9001, parabéns!… e vamos ao trabalho.

Por que você, “Dono” da empresa, quer um Sistema de Gestão pela Qualidade certificado?

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Quando percebemos que a empresa irá utilizar o Sistema de Gestão pela Qualidade para melhorar os seus processos internos e não meramente para atender as exigências contratuais de um cliente, por exemplo, que esta exigindo que eles “tenham o certificado da ISO 9001”?

Hoje li e analisei um artigo do Emanuel Edwan de Lima, no qual ele desenvolve uma linha de raciocínio bem objetiva / clara, no qual apresenta dois grupos de empresas:

  • As que necessitam de uma certificação baseada na ISO 9001 somente para a legitimação externa, ou seja, para atender um órgão de fomento ou a um cliente específico, e;
  • Aquelas que implantam um sistema de gestão especialmente para a legitimação interna, ou seja, para a melhoria de seus processos e de suas operações.

Reserve um tempo para ler e analisar este artigo através deste link.

Aguardaremos as respostas de vocês, com relação a nossa pergunta inicial:

  • Por que você, “Dono” da empresa, quer um Sistema de Gestão pela Qualidade certificado?

Faltam 4 dias!

Faltam 4 dias para a Hospitalar 2009, que acontecerá em São Paulo / SP.

Hoje recebemos por e-mail um convite para participar deste evento único … o convite vêm de um dos nossos clientes!

Clique na figura e visite esta empresa e principalmente conheça os seus produtos / lançamentos na Hospitalar 2009!

Sucesso para a equipe da Sitmed!

Curso: Capacitação e Certificação em Ouvidoria conforme a Regulamentação do BACEN

 

Nos dia 16, 17 e 18/06/2009, será realizado um curso de Capacitação e Certificação em Ouvidoria conforme a Regulamentação do BACEN. A carga horária é de 24 horas, sendo que realizado no seguinte intervalo: 9h às 18h.

O evento será promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), sendo ministrado pela qualificada e experiente Sra. Rosélia Araújo Vianna (clique nome).

O objetivo deste curso é de capacitar os participantes nos conceitos e práticas do trabalho do Ouvidor/Ombudsman, encaminhando para a confecção de um pré-projeto de implantação, tendo como conteúdo programático:

Módulo I – O novo cidadão

  • A sociedade atual e o novo cidadão;
  • A importância da pro-atividade no atendimento;
  • O que o cidadão espera da organização
  • Transparência da administração, e;
  • Legislação de defesa e proteção ao consumidor / usuário.

Módulo II – Relacionamento com cidadania

  • Princípios da ouvidoria;
  • Ouvidoria como processo;
  • Ferramentas, e;
  • Análise de caso.

Módulo III – Reclamação – Aspectos humanos

  • Reconhecendo o outro e a si.

Os participantes que obtiverem 70% de aproveitamento / aprovação na prova final e 75% de presença, receberão a certificação.

Maiores informações e realização de inscrições podem ser realizadas com a Sra. Daniele Melo (Gestão de Negócios e Relacionamentos – Empresas – CDL Porto Alegre) através da sua conta de e-mail daniele.melo@cdlpoa.com.br ou pelos telefones (51) 3017-8160 / 51 9997-2758.

Acompanhando as auditorias internas na Rototech!

Ontem, quarta-feira, estivemos na Rototech acompanhando as primeiras auditorias internas baseadas na NBR ISO 9001, da nova turma de auditores que foram capacitados no aprendizado de Formação de Auditores Internos que realizamos, vide post anterior.

É com muita satisfação que percebemos que os conhecimentos adquiridos no aprendizado de Formação de Auditores Internos, por estes profissionais já estão sendo aplicados! Se ainda faltam experiências para eles … eles possuem muita vontade de em aplicar os conhecimentos!

Desejamos sucesso para esta nova equipe de auditores internos e principalmente pedimos que não esqueçam de rezar para o nosso santo padroeiro … o Santo Murphy (vide post) antes de iniciarem as entrevistas e coleta de evidências objetivas com os auditados!

A Rototech esta se preparando para o “upgrade” versão 2008 da NBR ISO 9001!

Nos dois últimos sábados, ou seja, 9 e 16 de maio/2009 estávamos participando do desenvolvimento de uma nova equipe de auditores internos, na Rototech Rotomoldagem Técnica Ltda, assim como repassando orientações sobre como se preparar para o “upgradeversão 2008 da NBR ISO 9001.

Desejamos sucesso à todos e que aproveitem ao máximo esta oportunidade de melhoria, migrando para a ISO 9001:2008!

Quando NÃO podemos excluir o requisito 7.3 (Projeto e Desenvolvimento)?

Existe nos gestores da qualidade uma certa aversão ou trauma mal curado no que se refere tentar de todas as formas possíveis e impossíveis de buscar justificativas para tornar o requisito 7.3 (Projeto e Desenvolvimento) NÃO-APLICÁVEL nos seus Sistemas de Gestão pela Qualidade.

Infelizmente nós, brasileiros, não gostamos de planejar e principalmente não gostamos de “projetar” e/ou “desenvolver” … somos considerados “pessoas de ações” … gostamos somente de “executar” sem “planejar”.

O resultado deste “trauma mal resolvido” pode ser “caricaturizado” pela figura abaixo:

A ISO desenvolveu um documentos no qual os auditores (internos e/ou externos) podem utilizar como guia para avaliar se realmente este requisito, ou seja, o 7.3 (Projeto e Desenvolvimento) é aplicável ou não:

Ajudando o auditor a interpretar o processo “Projeto & desenvolvimento”.

Orientação 1

Todos os requisitos da NBR ISO 9001:2008 são genéricos e se aplicam a qualquer organização (independente do tipo e do negócio). Situações onde requisitos específicos podem ser excluídos, estão claramente definidos na cláusula 1.2 (Aplicação) da norma ISO 9001:2000.

Um documento orientativo sobre a aplicação da ISO 9001:2008, foi publicado pelo comitê ISO/ TC 176/SC2, como ISO / TC 176/ SC2/N524 R e endossado por este grupo. Este documento enfatiza que esta orientação é um documento livre e pode estar sujeito às revisões. A última revisão desta orientação pode ser encontrada no site (hhtp:// www.bsi.org.uk/iso -tc176-sc2).

A partir do momento em que a ISO 9001:2008 substituiu as edições de 1994 das normas 9001, 9002 e 9003, um cuidado particular deve ser tomado no tratamento da cláusula 7.3 (Projeto & desenvolvimento).

Orientação 2

Se a organização tem responsabilidade para desenvolver ou terceirizar “Projeto & desenvolvimento” de produtos que fazem parte do seu escopo de Certificação, então a cláusula 7.3 da ISO 9001:2008 deve ser incluída no Sistema de Gestão da Qualidade.

Quando se estiver avaliando a validade da exclusão da cláusula 7.3 da 9001:2008, atenção deve ser dada à definição de “Projeto & desenvolvimento” dada na cláusula 3.4.4 da ISO 9000:2005 (Definições):

“Conjunto de processos que transformam requisitos em características especificadas ou na especificação de um produto, processo ou sistema”

“A ISO 9000:2005, também define “requisitos” como sendo” necessidades ou expectativa que é expressa , geralmente, de forma implícita ou obrigatória, se a organização não proporciona as características necessárias para planejar a realização dos processos de seus produtos e tem que definir aquelas características com base nos usuários/clientes e/ou com requisitos dos órgãos reguladores” , isto é por definição” Projeto & desenvolvimento de produtos”.

Este processo deverá ser endereçado no SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade), de acordo com o requisito 7.3 da ISO 9001:2008.

NOTAS:

1. “Projeto & desenvolvimento” estão tradicionalmente voltados e com o foco em produtos tangíveis, mas igualmente aplicável quando o produto de uma organização é serviço.

2. A organização pode escolher em terceirizar seu “Projeto & desenvolvimento”, mesmo assim o 7.3 é remetido ao 4.1 da ISO 9001:2008,que é aplicável como referência. Mesmo assim a norma neste requisito explicita “Quando uma Organização optar por adquirir externamente algum processo que afete a conformidade do produto em relação aos requisitos, a organização deve assegurar o controle destes processos. O controle de tais processos deve ser identificado no SGQ (Manual da Qualidade,fluxogramas,procedimento,sistemáticas,…)

3. Uma organização pode não ser responsável direta pelo “Projeto & desenvolvimento” de todos os produtos do escopo de sua certificação. (Mas quando terceirizar ou comprar de fornecedores, o produto é remetido ao caso da nota 2, ou seja , a organização controla 7.3 por 4.1 ou 7.4 (aquisição).

4. Uma organização pode ter responsabilidade e autoridade para fazer mudanças na especificação do produto ou em suas características, mesmo que não seja responsável pelo processo original do P&D. Nestas circunstâncias, alguns requisitos das sub-cláusulas 7.3, podem não ser aplicáveis, mas a cláusula 7.3 não deverá ser excluída inteiramente.

EXPLICANDO MELHOR:

Quando se estiver avaliando a validade da exclusão da cláusula 7.3 da 9001:2008, atenção deve ser dada à definição de “Projeto & desenvolvimento” dada na cláusula 3.4.4 da ISO 9000:2005 (Definições):

PROJETO & DESENVOLVIMENTO por definição:

“Conjunto de processos que transformam requisitos em características especificadas ou na especificação de um produto, processo ou sistema”.

Vejam o que é requisito!

A ISO 9000:2005, também define “requisitos” como sendo” necessidades ou expectativa que é expressa , geralmente, de forma implícita ou obrigatória. Se a organização não proporciona as características necessárias para planejar a realização dos processos de seus produtos e tem que definir aquelas características com base nos usuários/clientes e/ou com requisitos dos órgãos reguladores” , isto é por definição” Projeto & desenvolvimento de produtos”.

Este processo deverá ser endereçado no SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade), de acordo com o requisito 7.3 da ISO 9001:2008.