Economia e Vida (Por Maria de Lurdes Fontana)

Tema deste ano da Campanha da Fraternidade tem o objetivo de chamar a atenção ao consumo exacerbado e a inversão de valores e aos princípios da vida.

vidaJá faz muito tempo que o ser humano busca na cultura do Ter como uma condição de vida e conseguir conviver com os demais, num mundo cheio de invejas, preconceitos e que valoriza as aparências. O homem precisa preencher sua vida com algo. E há muito, o vazio e a insatisfação sobrecarrega as mentes e não há como ficar por muito tempo sem buscar alternativas que preencham as chamadas razões e motivos para suprir os desgastes da jornada.

Para viver necessita-se muito pouco. Apenas três refeições diárias e muita água (sabe-se que muitos não têm nem isso no seu dia-a-dia). Roupas para se vestir na condição de sentir-se confortável e nada mais. Mas ao contrário, vemos o corre-corre diário de pessoas com muitas sacolas nas mãos. Acumulam tantas peças de vestuário, que muitas vezes são esquecidas no fundo do armário.

O apego lhes impede de dar a alguém que poderia servir-lhes com muito orgulho e necessidade. Poderíamos pensar que há sobras financeiras, mas ao contrário há falta de recursos e muitos débitos vencidos e a vencer, por conta da falta de consciência e de planejamento.

Perguntas como: Eu preciso disso? É necessário? É importante? Aflora o desejo diante da necessidade e aí precisam dar-se conta de que não tem como servir a dois senhores.

A vida é o ar, o doar, é amar. E a economia é saber usar para nunca faltar.                  

Até o próximo sábado!

Maria de Lourdes Fontanadudyfonttana@brturbo.com.br

Prosperidade (Por Maria de Lurdes Fontana)

Vem do latim prosperitate que significa abundância, fartura. Muitos confundem prosperidade com dinheiro e propriedades.

A prosperidade é a evolução tendo como principal valor a busca de conhecimento, aprendizagem, questionamentos e ensinamentos.

LeisDaProsperidade

O ser humano tende sempre buscar o melhor para si e consequentemente vive entre a dor e o prazer. A busca de prazer em viver, ajudar os outros, a crescer a evoluir e acima de tudo ser agradecido.

A constatação do papel de cada um, na sua missão e qual é o seu propósito de vida, é que determina o quanto de prosperidade o individuo possui.

Para muitos a prosperidade é vista como princípio econômico de medida e quantidade. Embora se possa afirmar que para ser próspero o individuo tenha que buscar o seu bem-estar. E requer não somente a satisfação de necessidades básicas. Mas o mínimo necessário das condições físicas, ambientais e sociais, na integração e promoção à vida e de uma relativa permanência entre o sentido do Ser em detrimento do Ter.

Portanto a prosperidade exige atitudes internas de mudança, de melhoria contínua, de valorização de si mesmo, de atitudes, de ética e principalmente que seja pró-ativo junto a sua família, seu trabalho e sua comunidade. Nem sempre nos damos conta das pérolas que nos rodeiam.

A prosperidade começa onde termina o egoísmo.

Até o próximo sábado!

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Surpresas do Ano Novo (Por Maria de Lurdes Fontana)

comprasNesta época há muitas pessoas que são acometidas pelo “nervoso” de pós-euforia das festas, comemorações e a lastimável constatação de que não há recursos suficientes para dar conta de tanta “gastança”. Aqueles que colocaram suas dividas em dia no final do ano se dão conta que deverão iniciar outro ano fazendo novas dividas.

É inevitável, pois a demanda de pagamentos decorrentes das necessidades de cada família não é generosa.

Conheço pessoas organizadas que nesta época também perdem o controle devido o exacerbado desejo de ter alguns prazeres que o dinheiro propicia.

Se as férias foram maravilhosas e de descanso, agora é o momento de colocar as coisas nos devidos lugares e certamente há surpresas. E percebe-se que as surpresas relacionadas com a falta de dinheiro, são motivo de contratempos e de preocupação.

Platão, dizia: “A pobreza não surge da diminuição dos bens, mas da multiplicação dos desejos”. Os desejos são armadilhas que facilmente caímos e não nos damos conta. Primeiro porque desejo não é racional. E por isso, aflora os comportamentos irracionais até dos mais “comportadinhos”.

Dinheiro é algo que mexe muito com as pessoas. É um recurso, é sempre escasso, e por mais se que se tenha, sempre falta, até mesmo para o avarento. Controlar e verificar constantemente quanto se ganha em relação ao que se gasta no dia-a-dia, é um exercício concreto no intuito de postergar gastos com “certos desejos” para outros momentos mais oportunos. Isso trará tranquilidade, serenidade e liberdade.      

Até o próximo sábado!

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Ano Novo de Esperança (Por Maria de Lurdes Fontana)

ANO-NOVOQuando um novo ano se inicia há muita esperança e o desejo de viver dias promissores, entre pais e filhos, amigos, vizinhos.

Há uma fé envolta em felicidade e não há barreiras ou limitações para desejar aos outros, sucesso, que os sonhos se realizem, saúde para dar e vender… E com isso nos conforta e dá a certeza de que somos importantes, amados e que nada valeria a pena sem a presença do outro.

A esperança em dias melhores, de vida melhor. Isso está ligado ao principio da fé, da crença que esta relacionada com a vida. Viver é basicamente ter fé e esperança de que este dia é o melhor dia. Mas se não o é, haverá um amanhã e será melhor. Este é o ciclo e o combustível da vida, a certeza que tudo passa, ainda que pareça não ser tão passageiro.

Para Alexander Lowen, “quando uma crença não tem suas raízes em uma fé verdadeira, não pode ser uma crença verdadeira”, isto é, nossos sentimentos devem dar sustentabilidade a nossa fé e esperança. Caso contrário está sujeito a viver uma ilusão.

Nossa mente está ligada ao coração. É a ligação entre o desejo e a vontade. É como ter fome e comer. Como seres únicos, somos também os únicos responsáveis pelas conquistas e fracassos e nada está desconectado da fé e esperança que cada um almeja. Portanto, a vida é aquilo que somos e desejamos ser, baseado no principio das nossas crenças.

A esperança é o resultado daquilo que acreditamos. Então o ano será melhor à medida que realizamos de verdade o que está no mais íntimo de nós mesmos. Resta-nos a esperança, feliz 2010!        

Até o próximo sábado!

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Momentos preciosos (Por Maria de Lurdes Fontana)

aurasonhoAo chegar à época das Festas de Natal e Fim de Ano, é inevitável a facilidade e a necessidade que temos em rever situações e fazer novos planos.

Muitas promessas para o ano que se inicia na esperança de um novo “tudo”. Passa-se a régua e dá-se a trégua nos conflitos existenciais de modo a “suportar”, tolerar e perdoar alguns deslizes decorrentes do estado intolerante. Surge uma esperança de um tempo que está por vir, afinal é um ano novo.

Percebe-se que as pessoas ficam mais suscetíveis a reconhecer as preciosidades pessoais, familiares e sociais. Será pela música alegre ou pelo espírito contagiante do Natal? De algum modo pessoas se emocionam, vibram, esperam e confiam. Há solidariedade e partilha de presentes.

E quando chega o Ano Novo, há uma explosão de vontade e um desejo de fazer promessas. Há oferendas e mandingas de todos os credos e raças. Replicam os sinos, surgem os fogos e o anúncio de uma vontade coletiva: Ser Feliz! Desejos e vontades. Necessidades e prioridades. Tudo isso de nada vale se não tivermos o aceite e a parceria daqueles que amamos e ficamos.

Não relutamos em pedir. Mas esquecemos de agradecer. Cumprir com o prometido é algo nobre, agradecer é divino. Nós não somos completos, há algo maior e melhor do que somos e temos. Dá-nos esperança e plenitude em tempos terrenos de finitude. Obrigada!                           

Até o próximo sábado!

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Cansaço de Final de Ano (Por Maria de Lurdes Fontana)

clip_image001É comum chegar nesta fase do ano, e as pessoas sentirem-se cansadas, desanimadas, com agenda cheia de compromissos e tarefas. O sentimento de que há necessidade de fazer tudo antes que termine o ano.

Os mais experientes dizem que a velocidade do tempo hoje é maior do que no passado. Os rituais sejam comerciais ou religiosos permanecem quase sempre os mesmos.

O comportamento muda em face ao espanto da corrida dos anos.

O comércio faz a sua parte, no sentido de auxiliar as pessoas na escolha dos presentes, para pais, filhos, netos, amigos e até os secretos. Infinidade de opções com o intuito de que ninguém fique sem presentes. É o lado cruel do consumismo de coisas que nem sempre necessárias, mas não importa é Natal.

Há certa sensação de cansaço e a esperança de que isso passe na passagem de um ano para o outro.

Talvez para muitos, é um tempo de melancolia, tristeza, e sensação de vazio. Não poderia ser diferente. É um rito de passagem entre a alegria do nascimento e a esperança de um novo começo de “outro” ano.

Expectativas frustradas decorrentes de fatos não planejados. Situações ocorridas que nem sequer foram planejadas. Infortúnios da vida inerentes ao ser humano.

A corrida exagerada em ganhar tempo, imaginando que quando maior a velocidade maior é o rendimento. E consequentemente maior é o cansaço.

Talvez estejamos nos sentindo assim: cansados por buscar tanto e ter um resultado menor ou igual de um tempo mais calmo, cauteloso e sóbrio.

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fontanadudyfonttana@brturbo.com.br

Gestão do Conhecimento (Por Maria de Lurdes Fontana)

31_7d8a2102a_km-imageA Gestão do Conhecimento é um sistema que cria rotinas para que o conhecimento seja compartilhado entre as pessoas em diferentes níveis e ambientes. É um processo que necessita ser explorado, explicado, registrado e disseminado de maneira que as pessoas possam aprender “fazendo”.

Existe o conhecimento próprio das pessoas que aprendem com outras pessoas sem ter necessidade de frequentar bancos escolares. A ignorância não está correlacionada com o fato do individuo não ter estudado, mas é quando o individuo não conhece ou não tem acesso a determinado assunto.

Sabemos que há pessoas que possuem conhecimento acumulado que é adquirido através das gerações. O exemplo disso são nossos avós que pouco estudaram e detém uma sabedoria quanto ao modo de viver, aos fatores relacionados ao tempo e ao clima. Sabem quando chove apenas observando os animais ou a natureza. Por outro lado, vemos muitos jovens que abandonam os estudos para dar prioridade ao trabalho.

É claro que as necessidades de gerar recurso financeiro vêm antes do fato de fazer investimentos em educação. Porém, quanto mais conhecimento mais acessibilidade aos recursos e vantagens de aprender fazendo. É um circulo virtuoso. Aprimora-se, aplica-se e aprende-se. Quando mais aplicável é o conhecimento mais segurança. Os indivíduos seguros são menos propensos a fracassos, tendem a arriscar mais, são mais criativos, proativos e resolutivos. Obtém vantagens e visão de longo prazo.

Até o próximo sábado!

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Rivalidade (Por Maria de Lurdes Fontana)

normal-5-2008-03-22-11-46-26Rivalidade é uma ação entre rivais. Os rivais geralmente são opositores que defendem os atos e princípios motivados por preferências pessoais nas esferas da razão pela emoção.

A rivalidade esta presente nas famílias, na sociedade e nas empresas. O sentimento de “pertença” por determinada posição hierárquica ou por preferências de time ou grupo, trazem sérias desavenças embasadas pelo ódio entre pessoas, sem distinção de idade, sexo e posição social.

A rivalidade existe desde o início da humanidade, nas lutas de poder, raciais e religiosas, onde um “deveria” excluir o outro, e como mérito, entregava o derrotado como um troféu.

Na situação atual não é muito diferente. A rivalidade faz vítimas no trânsito, quando há rachas no intuito de “mostrar” o braço e a potência do carro. Quando há grupos radicais que defendem suas teses sobre religião, raça e sexo. A rivalidade entre o Ser e o Poder. O subjugo da força de alguém em prol de ganhos financeiros na venda de drogas, demonstra o poder de ter mais rivalidade.

Nestes últimos dias, tenho me debruçado a entender a rivalidade gaúcha entre colorados e gremistas. São torcidas fortes de cores fortes. Mas, é estranho aceitar perder para o outro não ganhar. Principalmente porque em se tratando de jogo o básico é vencer, sempre. É no mínimo um fenômeno que incomoda os céticos do futebol e o que dirá os adeptos à ética. Tem regras no futebol, que fogem das regras habituais do cotidiano. É o mesmo que perder o emprego para ver o rival desempregado. Isso não funciona, mas acontece!

Até o próximo sábado!

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Tensões cotidianas (Por Maria de Lurdes Fontana)

YOGA-PARA-CASAISQuem não se deparou com dias agitados e com tantas coisas a fazer…? O ambiente fica pesado, as tarefas ficam difíceis de “desenrolar”, o estresse aflora dando a impressão que falta tempo para organizar tudo. A síndrome do “não ter tempo” ou de querer fazer tudo ao mesmo tempo.

Parar, olhar, analisar e focar assuntos relevantes, é um grande começo para perceber que em muitas circunstâncias não vale a pena todo o desgaste físico e mental. Organizar-se é um ponto importante para saber separar o que é necessário fazer.

Muitas coisas não precisam ser resolvidas no mesmo dia. Relacionar assuntos e separar em ordem de prioridade, tornar mais leve e agradável o dia. É preciso um começo no firme propósito de dar-se conta que há uma solução naquilo que nos incomoda e atrapalha.

Em dias de forte pressão não é fácil organizar-se. O ser humano sob pressão reage de maneira diferente, dependendo da situação que se encontra.

Lições aprendidas e trocas de experiências com colegas e amigos, ajudam a acalentar a sensação de não ter feito nada, e dá a notória satisfação de que há mais pessoas passando pelas mesmas situações. Aliás, vivemos num mundo que não é permitido ter ociosidade. Somos encurralados por tantas ofertas disso e daquilo, e que em sua grande maioria, são desnecessárias. Há muito lixo virtual, com apelos de toda a sorte, tirando a livre iniciativa de escolha. E quando não se tem a possibilidade de escolha, termina o dia com a nítida impressão de não ter feito nada. Faz sentido dar sentido ao que fazemos.

Até o próximo sábado!

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Motivação (Por Maria de Lurdes Fontana)

A partir deste sábado, estaremos publicando semanalmente, os artigos da Maria de Lourdes Fontana, para os mais íntimos, a Dudy. Seja bem-vinda!

Motivação

MOTIVAÇÃOFunção caracteristicamente sensorial, a motivação recebe dos sentidos as informações e condições que suscitam, conservam e dirigem o comportamento de homens e animais.

Motivação é o conjunto de fatores que impulsionam o comportamento do ser humano ou de outros animais para a realização de um objetivo. Manifesta-se como resposta a estímulos internos e externos. Os motivos podem ser classificados em primários, ou básicos, que não são aprendidos e são comuns tanto aos animais quanto aos homens (fome, sede, impulso sexual etc.); e secundários, ou aprendidos, que diferem de animal para animal e de pessoa para pessoa (desejo de realização, de poder etc.).

Historicamente os filósofos identificaram nos desejos e necessidades do homem os elementos fundamentais da personalidade. Foi, porém, a aplicação das teorias de Charles Darwin que fez progredir o estudo da motivação.

Os pesquisadores descobriram duas importantes correlações entre as idéias de Darwin e a motivação: a primeira refere-se ao fato de que o homem, como membro do reino animal, é parcialmente governado pelos instintos de sobrevivência e reprodução; a segunda mostra que, a exemplo do que ocorrem com as características físicas, as características comportamentais humanas também podem ser analisadas do ponto de vista da evolução.

Finalmente pode-se dizer que a motivação é o fato gerador de vida e que depende de cada indivíduo a busca e a realização para dar valor à própria vida.

Um motivo + Ação = MOTIVAÇÃO.

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fontanadudyfonttana@brturbo.com.br