É comum chegar nesta fase do ano, e as pessoas sentirem-se cansadas, desanimadas, com agenda cheia de compromissos e tarefas. O sentimento de que há necessidade de fazer tudo antes que termine o ano.
Os mais experientes dizem que a velocidade do tempo hoje é maior do que no passado. Os rituais sejam comerciais ou religiosos permanecem quase sempre os mesmos.
O comportamento muda em face ao espanto da corrida dos anos.
O comércio faz a sua parte, no sentido de auxiliar as pessoas na escolha dos presentes, para pais, filhos, netos, amigos e até os secretos. Infinidade de opções com o intuito de que ninguém fique sem presentes. É o lado cruel do consumismo de coisas que nem sempre necessárias, mas não importa é Natal.
Há certa sensação de cansaço e a esperança de que isso passe na passagem de um ano para o outro.
Talvez para muitos, é um tempo de melancolia, tristeza, e sensação de vazio. Não poderia ser diferente. É um rito de passagem entre a alegria do nascimento e a esperança de um novo começo de “outro” ano.
Expectativas frustradas decorrentes de fatos não planejados. Situações ocorridas que nem sequer foram planejadas. Infortúnios da vida inerentes ao ser humano.
A corrida exagerada em ganhar tempo, imaginando que quando maior a velocidade maior é o rendimento. E consequentemente maior é o cansaço.
Talvez estejamos nos sentindo assim: cansados por buscar tanto e ter um resultado menor ou igual de um tempo mais calmo, cauteloso e sóbrio.
Até o próximo sábado!
Maria de Lurdes Fontana – dudyfonttana@brturbo.com.br