Decepções (Por Maria de Lurdes Fontana)

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O conceito de decepção é o ato de lograr ou se desiludir.

A decepção vem acompanhada quase sempre pelo ato do outro. Ou seja, o ser humano decepciona-se quando coloca uma expectativa para algo e acaba não acontecendo.

Mas se dissemos que as pessoas precisam umas das outras e criam-se vínculos e em algum momento, não tem jeito, ocorre a decepção.

Então se tira a conclusão que as decepções também fazem parte do aprendizado humano no sentido de aprender errando e corrigindo. E ainda, a decepção é uma forma de “fazer pensar” as atitudes e comportamentos nos relacionamentos.

Concluindo, não tem jeito mesmo, nós seres humanos precisamos ficar tristes em algum momento. Faz parte da compreensão do “eu” interior e do silencio inocente e introspectivo.

Pelo fato de decepcionar-se, não se pode afirmar que irão ocorrer mais decepções com a mesma pessoa. Até porque, se sabemos e conhecemos como é o comportamento daquele (a) que nos decepciona, passamos a aprender e agir de modo diferente. E consequentemente, haverá o aprendizado, e nas lições aprendidas corrigimos ou pelo menos atuamos para que não mais tornemos a nos decepcionar.

Criam-se mecanismos de atuação cerebral para nos proteger de certas armadilhas que nos fazem sofrer. Isso é o que a priori deveria acontecer. Mas nem sempre isso é possível, devido o grau de relacionamento e envolvimento das pessoas.

Por isso, às vezes, há eternos conflitos. Decepção não mata, mas ensina!                     

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fontanadudyfontana@brturbo.com.br

Motivados pela Fé (Por Maria de Lurdes Fontana)

Sabe-se que a felicidade não depende do tempo, até porque tempo tem a conotação de ser intangível. Mede-se o tempo, mas não se “sente” o tempo.

Cada um tem o seu tempo e o conceito de felicidade.

Nota-se que as pessoas mais espiritualizadas, são mais felizes e vivem com mais prazer e para estes tem-se notado que o tempo é mais longo.

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Quem é feliz vive mais tempo, entende-se, por contagem de anos. Percebe-se que as pessoas que superam a média de vida dos brasileiros, além de outros fatores, são pessoas que rezam muitas vezes ao longo da sua jornada. Param o que estão fazendo e retiram-se para orar.

Cada um da sua maneira do seu jeito e das mais variadas devoções e em comum: a fé constante. A certeza, o ânimo, a alegria e ao falar com eles, percebe-se que os desafios da nossa atualidade são semelhantes as que já vividas.

Um povo de fé e espiritualidade mais evoluída tem mais tempo a dedicar-se a construir e empreender para melhorar sempre. O espírito que une milhares de pessoas em torno de um evento religioso, a devoção é a prova viva de que nós seremos humanos, somos necessitados de “algo maior” do que nós mesmos.

São Paulo, um dos apóstolos de Jesus Cristo nos diz: O homem é justificado pelas obras e pela fé.

Obras no sentido dos feitos em relação a sua vida, na família, na comunidade, na sociedade, e a fé naquilo que acredita e coloca as em prática nas ações em favor do outro. Isso pode ser a grande motivação da fé e da graça da vida.           

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fontanadudyfontana@brturbo.com.br

O Poder de um Elogio (Por Maria de Lurdes Fontana)

elogioCulturalmente a nossa região da serra gaúcha não tem o hábito de elogiar as pessoas quando estas fazem por merecê-lo. E muito daquilo que não se pratica, cai no descrédito, e com o passar do tempo as pessoas passam a desacreditar das suas capacidades.

E o que é mais grave, quando é elogiado, é interpretado com ironia!

Do ponto de vista humano, a motivação é fundamental para dar conta das demandas e conflitos do dia-a-dia.

No campo do trabalho, é tão raro vermos as lideranças darem feedback e elogios aos membros da sua equipe.

Quem tem ou teve a oportunidade de exercitar o elogio, dado com o tonante de verdade a aquilo que as pessoas fazem, ou dar a importância da atividade que exerce, se observa melhorias.

Lidar com pessoas é muito difícil, porque nós somos difíceis. Reconhecer que o outro é importante para nosso crescimento, no mundo do trabalho é mérito de maturidade de todo líder, seja ele ou ela quem for.

Ainda, somos um povo que trabalha tanto! E daí vem à pergunta? Para quê? Eis um ponto de reflexão, já que temos um dia em homenagem ao Trabalho.

Se pudéssemos dar-nos conta de que as pessoas que trabalham conosco, também têm objetivos e metas, têm sonhos a realizar. Eu reconheço que sem meus colegas de trabalho, nada acontece. O ambiente muda e transforma as pessoas.

Os desafios fazem crescer e perceber que podemos mudar sempre que é preciso. Não há quem não goste de elogios, e não faltam pessoas que reconhecem o quanto mudaram depois que o receberam.

Feliz Dia do Trabalho! Faça por merecê-lo. Dê um elogio!

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fontanadudyfontana@brturbo.com.br

Conviver em família (Por Maria de Lurdes Fontana)

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Não raras vezes encontram-se pessoas tecendo criticas às suas famílias, nas mais variadas situações e quase sempre relacionadas pela dificuldade de convivência.

Se pararmos um pouco e refletirmos, percebemos que desde bebês, há conflitos de interesses e prevalece a lei do mais forte. Por estes dias me ative a observar uma matilha de filhotes de cachorros. Percebi e reconheço que o relacionamento entre animais é por vezes de admirar e de aprendizado constante. A mãe-cachorra promovia conflito entre os filhotes para que não dividissem o seu prato de comida.

Com isso, suponho que estaria passando lições de sobrevivência e, ao amamentá-los, permanecia imóvel. E de repente a mãe-cachorra saia mansamente, deixando seus filhotes sozinhos, que a principio chorava a ausência da mãe e depois se “ocupavam” uns com os outros, rolando pelo gramado. Quando a cachorra retornava junto a eles, os filhotes corriam até a mãe, esta era assediada e voltavam a chorar novamente.

Se observarmos “nós” filhos repetimos as lamúrias e choros com nossos pais, sempre no sentido de “querer” um colo e um ombro para as queixas e infelicidades. Ainda bem, que nem todas as famílias são iguais. Há famílias que convivem em harmonia entre as gerações tranquilamente sem muitos tropeços.

As virtudes aprendidas em família são passadas de geração em geração. E há em nós, atitudes aprendidas, que outrora reprimidas passamos a repeti-las com nossos filhos, quer queiramos ou não.

A família é um lugar onde se aprende e se ensina a arte de viver.      

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fontanadudyfontana@brturbo.com.br

A imagem de si mesmo (Por Maria de Lurdes Fontana)

medoSe pararmos para pensar sobre a importância da imagem que fazemos de nós mesmos diante dos outros. Ou ainda a imagem que o outro faz da gente…, e então, qual é o significado disso?

Por que é importante?  Se analisarmos do ponto de vista que não vivemos sem o contato com o outro. E se na nossa condição de humanos, evoluídos, fazer parte de um processo de melhoria continua, de aprendizado contínuo e do aprender a aprender, sem sombra de duvida eu sempre irei precisar do retorno do outro.

E a partir da premissa de que somos condicionados pela rotina e que se não dermos abertura para o novo, não temos muitas chances de melhorar a imagem que temos de nós mesmos e nem tampouco dos outros.

É preciso estar atento as mudanças externas, mas sobremaneira é muito importante observar as mudanças que podemos fazer interiormente.

Nada se muda se não vem de “dentro”. Talvez num primeiro momento, seja necessário buscar ajuda para avaliar como estamos e o que queremos mudar. Aliás, a construção da imagem de si mesmo é algo tão dinâmico que muda constantemente, e pessoas que nos rodeiam são nossa maior fonte de informação.

É preciso conhecer-se, aliar-se a seus pares de confiança, de parceria e confidencialidade e aprimorar, exercitar e assimilar as mudanças que entenderem como necessárias.

Lembrando que a Vida é para ser vivida e não sofrida. Desvencilha-se de hábitos que comprometem a auto-imagem, além de ser saudável, melhora a auto-estima, aproximam pessoas e aumenta o prazer em viver.          

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fontanadudyfontana@brturbo.com.br

Lições aprendidas (Por Maria de Lurdes Fontana)

Com o debruçar dos anos, na maturidade, observamos o quanto de conhecimento e aprendizado acumulamos. E percebemos o esforço que é feito para fazermos as melhorias nas mais diversas atividades que realizamos.

Com certeza muitas são as pessoas que conhecemos com relatos e histórias de situações em que há lições aprendidas e erros não repetidos. Faço uma reflexão nos erros que cometemos e não hesitamos em repeti-los. Que faz sofrer, nos dá insegurança, desconfiança, desanimo e descrédito.

A vida é um grande projeto de inicio, meio e um dia terá fim. O dono e proprietário deste projeto é o Senhor Eu: professor, mestre, crítico, errante, assertivo, experiente. Não importa a idade, o ser humano sempre se diz e se sente capaz. Embora reconheça as restrições, mas se intitula como um hábil senhor das letras e feitos, que sabe tudo, que não precisa mais do outro. Isso é interessante, pois se observa que quanto mais avança a idade menos necessidade deste tipo de afirmação, porque as atitudes falam por si.

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Lições aprendidas são reconhecidas e entendidas até pelos animais. Quando o animal de estimação faz algo errado, é corrigido com firmeza e este naturalmente não volta a repetir o erro. Isso são lições aprendidas. Nota-se que os animais correspondem mais fielmente aos apelos e caprichos dos humanos.

Lógico, que os humanos são mais exigentes com os seres da mesma espécie, pois está concorrendo por igual à disputa do espaço pela sobrevivência natural. Mas de fato exigimos do outro, o que não temos a oferecer. Mas se praticarmos pelo menos uma vez ao dia, o exercício de fazer ao outro o que gostaríamos que nos fizessem, certamente adquirimos muitas lições aprendidas ao longo do tempo.         

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fontanadudyfontana@brturbo.com.br

Pais e Filhos (Por Maria de Lurdes Fontana)

Por mais que se fale, comente e se discuta a relação entre pais e filhos, o assunto é sempre atual e instigante.

Os pontos de vistas entre pais e filhos, são divergentes, e não poderia ser de outra forma. A comunicação entre as partes é sempre tão envolvente com fator emocional exacerbado e nem sempre é amigável.

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Nossa experiência como pais tem mostrado que não há outra maneira de aproximação senão pela parceria do diálogo. Do saber reconhecer que há limites, há respeito, reciprocidade e o exercício do papel que cabe a cada um.

Pais não são amigos dos seus filhos. São Pai e Mãe. Os amigos estão fora de casa. Saber reconhecer e perceber as atitudes no agir como Pais, é o princípio da amabilidade e da confiança. Talvez pela culpa de não “estar” com seu filho, muitos pais competem com os amigos dos filhos por entenderem que os mesmos ficam mais tempo com eles do que com a família. O importante não é a quantidade de tempo, mas a qualidade deste tempo.

O exercício do poder dos pais é baseado na troca, nas discussões dos pontos de atrito e ao fechamento, uma espécie de “combinado” entre as partes e repetidamente falar sobre o assunto. Dar e receber retorno dos assuntos por mais banais que pareçam. Aliás, assuntos banais são os mais apropriados para aproximação entre Pais e Filhos. Fazer perguntas, ao invés de retrucar com respostas mal devolvidas. Conversar em vez de gritar e/ou xingar. Silenciar e pensar acerca do que está se passando. Observar e admirar.

Dar elogios fundamentados para fazê-los crescer com confiança e de vez enquanto deixar que “sofram”. Os pais sofrerão juntos, criando elo de segurança, em que o filho pode sair, mas sempre voltará ao lar, seu porto seguro!

Até o próximo sábado!

Maria de Lurdes Fntanadudyfontana@brturbo.com.br

A Crise existencial das instituições (Por Maria de Lurdes Fontana)

voluntariadoAs organizações como as escolas, clubes, agremiações, associações e/ou organismos voltados a serviços assistenciais e afins, tem apresentado certo grau de dificuldade em escolher seus dirigentes pelos mais variados motivos. Ou seja, as pessoas têm relutância em aceitar cargos não remunerados para compor uma diretoria constituída de fato e de direito.

Há os mais variados tipos de explicações fundamentadas e procedentes pela não-aceitação.

Será que há uma exaustão natural das muitas atribuições aos “mesmos” ou há falta de lideranças preparadas em assumir? De fato, a resposta de ambos os casos, é no mínimo instigante para a reflexão. E, nos parece que este processo tem a tendência de se agravar. Assim, como há dificuldades em comprometer-se, há também a constatação de que é muito fácil abandonar situações pela falta de capacidade de enfrentar desafios e momentos de superação.

Historicamente, o ser humano vive em crise. Por exemplo, a crise existencial é superada na maturidade da vida, mas até dar-se conta disso, passou-se por provações, desafios e enfrentamentos para superá-los. Organizações são feitas de pessoas, organismos vivos com o único objetivo de manter-se de pé, para servir a aqueles de quem necessitar usufruir pela necessidade de viver em comunidade. O cargo não é para a “pessoa”, mas a serviço de um bem maior, sem a necessidade de gerar qualquer tipo de interesse.

E como diz o dito popular: Vão-se os anéis, ficam os dedos!  Portanto, se cada um der um pouco de si, muito se fará!          

Até o próximo sábado!

Maria de Lourdes Fontanadudyfonttana@brturbo.com.br

O espaço da mulher …(Por Maria de Lurdes Fontana)

Dia após dia a mulher tem-se apresentado como referência no mundo dos negócios, nos lares, e comunidades.

dia-da-mulherMuito se fala do papel da mulher e na crescente valorização em diversos campos de atuação. Acredito que a mulher sempre ocupou papel de destaque no mundo. Embora, às vezes, como figura oculta, mas se faz presente no silencio demonstrado nas suas ações.

De fato a mulher se permitiu a ousar e buscar manter-se em posição de valorização. É diferente do que dizer que o homem perdeu seu espaço. A mulher ocupa o espaço que lhe cabe. E o faz com competência.

As muitas faces e fases da mulher a tornou mais hábil, mais forte e com potenciais de igualdade consigo mesmas e com os seus pares opostos. Principalmente, pela necessidade que a mulher tem de ser desafiada, criticada, “posta à prova”. Isso a torna mais sagaz, pois a mulher se vê diante de situações tendo que tomar decisões que antes eram apenas tomadas pelos homens.

E num mundo que ainda “pensa” e valoriza o homem, a mulher ocupa seu espaço. Houve avanços, sim! Mas ainda assim, tem-se a impressão que a mulher tende a fazer mais por menos. Tudo tem um preço.

A falta de entendimento e compreensão do papel da mulher poderá trazer à tona os conflitos como a culpa, a inferioridade etc. Num mundo em que as mulheres precisam aprender a vestir as “botas” para as batalhas, faço votos que nunca perca o gosto em vestir suas sandálias. 

Até o próximo sábado!

Maria de Lourdes Fontanadudyfonttana@brturbo.com.br

Caridade

caridadeCaridade é simplesmente ajudar os outros, mas com amor.

É o principio comum em todas as religiões do mundo. A diferença é a compreensão do que seja “ajudar” dentro do contexto do qual estamos inseridos.

Para os países pobres, caridade é dar o mínimo necessário para a subsistência. E há quem testemunhe que não há o suficiente para todos, principalmente comida.

Na maioria dos países ricos cabe ao governo e as entidades civis constituídas proverem o alimento, a casa, a saúde. Mas nos últimos anos tem-se visto que não há mais tanta distinção entre os países.

O agravamento da crise é reconhecido também nos países mais desenvolvidos. Especialistas dizem que há crise financeira e consequentemente o aumento da pobreza. Quem diria a Europa sentindo os reflexos desta crise e muitos sem trabalho, sem teto e sem previdência. Mas esquecendo um pouco o lado material, percebe-se que não há partilhas proporcionais entre os humanos. E isso, além de achar que é normal, enrubesce e torna as pessoas mais isoladas, sem condições de fazer caridade.

São Paulo, apóstolo, em uma das suas cartas escreve: “E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.”

E ainda, a caridade perfeita é aquela que poderei alcançar a alegria de dar sem esperar retribuir. A caridade e o amor são acima de tudo reconhecer que nada somos sozinhos e que embora muitos, infelizmente vivemos na solidão.

Até o próximo sábado!

Maria de Lourdes Fontanadudyfonttana@brturbo.com.br