Em período que normalmente a grande parte da população brasileira “troca os sapatos pelos chinelos de dedos”, ou seja, tiram as férias mais do que merecidas pensei em realizar um levantamento estatístico através dos dados contidos no website do CB-25, sobre quais Agências / Operadoras de Turismo e Hotéis no Brasil possuem sistemas de gestão certificados pela ISO 9001 pelo organismo acreditador INMETRO.
Segue abaixo, através de gráficos, os principais dados.
Não posso deixar de expressar o meu sentimento de surpresa! O que faz com que as outras empresas destes dois segmentos não busquem esta certificação?
Alguém pode me responder?
Aproveitando este assunto e dando continuidade a outro post já publicado, localizei um “guia”, publicado pela APCER (Associação Portuguesa de Certificação), cujo título é o seguinte:
- Guia Interpretativo da NP EN ISO 9001:2000 no Sector de Turismo.
No prefácio desta obra, podemos perceber o quanto é necessário as empresas do segmento de turismo buscarem este objetivo:
“O sector do turismo é um dos mais importantes da economia portuguesa, tendo um papel decisivo no desenvolvimento do país e contribuindo significativamente para a criação de riqueza.
Assim, torna-se crucial uma maior e melhor qualificação deste sector. Neste sentido, acreditamos que a certificação assume um papel importante e apresenta-se como uma estratégia essencial para manter e promover um Turismo economicamente interessante e sustentável.
A elaboração do presente guia interpretativo, dirigido a este sector de actividade, justifica-se pela intenção de partilhar com as organizações que prestem serviços turísticos, a nossa consolidada experiência na actividade de certificação. A APCER propõe-se, deste modo, auxiliar as empresas, que pretendam obter a certificação, na aplicação dos requisitos da NP EN ISO 9001:2000.”
Clique aqui neste link, para ter acesso a esta obra.
Aproveitando, esta obra foi elaborada utilizando como referência Norma IRAM 30400:2004 – “Guía para la interpretación de la norma ISO 9001:2000 en servicios turísticos”, publicada pelo IRAM (Instituto Argentino de Normalización y Certificación).
Tenho visto que os setores que mais se preocupam com a ISO 9001 são aqueles onde uma interrupção no processo causa prejuízos milionários. Como exemplo a indústria automobilística, naval e off-shore, demais segmentos de serviços e principalmente os comerciais não vejo como um nicho de mercado com objetivos fortes em investir numa certificação. Se um levantamento como esse fosse realizado para empresas do segmento VAREJO provavelmente os números também seriam baixos.
Ótimo post!
Oi Rigoni, agradecido pelos seus comentários!