Recentemente li um artigo no Jornal Zero Hora (10/02/11), escrito pelo Sr. Flávio Nascente dos Santos no qual apresentava uma nova abordagem / responsabilidade das empresas, além de atender as necessidades / expectativas dos seus clientes através da venda dos seus produtos e / ou prestação de serviço! Sim , a empresa tem outros papéis, por exemplo de ser uma “escola viva” ou melhor dizendo ser uma “escola DE VIDA” para as pessoas!
Leiam e reflitam também:
Que o desemprego em nosso estado (Rio Grande do Sul) está em baixa, todos sabem. Que sobram vagas e falta de mão de obra qualificada em diversos setores, já estamos cansados de ler nos jornais. Porém, o que ninguém sabe é quais tarefas as empresas terão de fazer agora, diante desta situação, para preencher seus postos de trabalho e parar de desperdiçar tempo recrutando profissionais que não querem o verdadeiro crescimento na carreira.
Pouco a pouco, os empresários, gestores, diretores de recursos humanos vão perceber que a verdadeira vocação de uma empresa é ser escola de vida para as pessoas. E a partir desta consciência verão que o único caminho para reverter esta ocasião de escassez de profissionais capacitados é investir na sua formação. Seja com os jovens ou com aqueles que já possuem certa estrada percorrida, é a empresa que deverá forjá-los. Não os cursos de curta duração ou as especializações. Esses servem para complementar a atividade profissional, não constroem os pilares que sustentam a marca individual de cada um.
O Brasil terá um crescimento impar na história nos próximos anos. Nossa imagem no Exterior já deixou de ser aquela tríade favela+futebol+carnaval. Mas, se não tivermos as pessoas, como seguir esta ascensão? O problema das empresas interfere também na administração do nosso país e é nelas que devemos investir nosso capital humano para, amanhã, colher verdadeiros coeficientes de valor, multiplicadores que servirão de modelo para tantos outros que virão nas próximas gerações.
Por isso, é preciso aproveitar a onda de flexibilização para contratações que muitas empresas estão praticando hoje no mercado gaúcho para mergulhar no mundo de aprendizado vivo que é o ambiente empresarial. Sobretudo os jovens, que no futuro receberão a enorme responsabilidade de conduzir nossos motores econômico e social, precisam estar inseridos neste meio, independentemente da atividade a ser feita (muitos office-boys de ontem são líderes de hoje), pois somente dessa forma poderão aprender tudo aquilo que não é ensinado nas universidades.
A prática faz a teoria, nem tanto o contrário. Aos empresários e líderes, cabe o papel de serem os novos tutores da sociedade para guiarem seus profissionais rumo a uma formação diferenciada, com identidade da organização. Não basta mais esperar que o candidato se apresente pronto para trabalhar. A escola, mais do que nunca,é a empresa.
Flávio Nascente dos Santos