O tema apresentado no artigo “Responsabilidade Social” teve, como objetivo, a introdução de um novo conceito na atualidade: o da “transitoriedade nas relações”. Um movimento natural que se integra às novas exigências do mundo contemporâneo. Nossa capacidade de adaptação frente a essas exigências implica em posicionamento firme diante dos desafios que a vida nos apresenta e, principalmente, diante de cada decisão que tomamos.
A mudança de mentalidade, a qual me refiro, diz respeito às competências e habilidades que ainda precisamos desenvolver para nos adaptar às exigências que resultam da transitoriedade nas relações que estabelecemos. A única certeza que temos é que toda e qualquer relação, seja no trabalho ou na vida pessoal, poderá ser interrompida em seu percurso ou modificada em suas bases, resultando em novos caminhos ou novas diretrizes. Sabe-se, contudo, que essa demanda exigirá uma nova postura diante dos acontecimentos:
- Renunciar às certezas do passado: Tudo que considerávamos ser imutável, e que trazíamos (boa parte) em nossa bagagem cultural. Na atualidade: “Tudo muda, nada é estático”.
- Abrir-se, contudo, para as novas possibilidades de relacionamento: Significa enfrentar e aceitar a realidade de uma sociedade em transformação e tudo que a acompanha nesta nova fase, incluindo a diversidade de conceitos e comportamentos. Nunca falamos tanto em “inclusão” como agora. A inclusão do novo, do “diferente”, de caminhos alternativos para se chegar ao mesmo fim.
- Parar de tentar eternizar as relações (sair do processo da idealização): Vivemos tempos de transitoriedade. É preciso sair da idealização que alimenta uma fantasia onipotente baseada numa pseudo-realidade para construir uma sociedade que se fundamenta no “real”. Significa sair do discurso e das identidades (representações sociais) para adotar uma postura de maior comprometimento e responsabilidade social.
Para desenvolver essas competências precisamos nos comprometer (nos envolver) com o processo de evolução contínua de uma nova sociedade que se reinventa a cada momento. O importante é tentarmos extrair o que há de melhor nesse processo. Aprender com os erros ou tropeços é essencial para nossa evolução. Pessoas de sucesso estão abertas para o “novo”, para as novas possibilidades. Elas assumem os riscos naturais que a vida apresenta, mantendo o foco no resultado de suas experiências.