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Na semana passada, no dia 1º. de julho, o Ministério da Educação (MEC) apresentou os resultados da segunda edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O Ideb foi criado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.

Os resultados sob o meu ponto de vista são assustadores, ainda mais quando lembro que na minha vida escolar, aparecer em casa com um boletim escolar com notas abaixo da média era sinônimo que a relação pais / educadores / filhos não estava muito bem. Naquela época, pode se dizer assim, o sistema de nota era, por exemplo: PS (Plenamente Satisfatório), S (Satisfatório) e I (Insatisfatório) … depois foi evoluído para números, onde a média para aprovação era igual ou superior a 7 (sete).

Pois bem, voltando aos resultados do Ideb, a Educação no Brasil esta “melhorando”, se podemos pensar assim diante das metas estabelecidas pelo MEC. Na primeira fase do ensino fundamental, o Ideb passou de 4,2 para 4,6, superando a meta prevista para 2009 e atingindo antecipadamente a de 2011. Segue a abaixo os resultados de 2007, 2009 com a previsão de meta para 2011.

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Será que estamos subestimando a nossa forma de buscar melhorias através de metas medíocres e não ousadas?

Coincidentemente, esta semana estava lendo um artigo de autoria de José Carlos Carvalho Mourão e Luiz Peres Zotes, cujo título é “QUALIDADE NA EDUCAÇÃO OU UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE: UM OLHAR CONTEMPORÂNEO SOBRE AS TENTATIVAS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL.” (clique aqui para acessar o conteúdo deste artigo). Apesar de o título remeter para somente o ensino superior, o seu detalhamento percorre de forma clara todos os níveis / séries, ou seja, das séries iniciais (1ª a 4ª série), séries finais (5ª a 8ª série) e ensino médio.

Neste artigo, podemos perceber a complexidade de entender ou definir a qualidade no ensino ou ensino de educação, onde podemos iniciar a busca das causas do nível baixo do Ideb em função de um cenário de inadequação dos currículos e da forma de atuação interna das instituições, somando-se aos seguintes fatores:

  • Profissionais (docentes) desmotivados pelos baixos salários, e;
  • Alunos despreparados.

Mas será que podemos limitar o conceito de “escola” somente ao espaço físico limitado com envolvido dos professores e administradores e não esquecendo, é claro dos alunos?

O artigo vai mais longe, e utiliza o conceito de “escola de qualidade total”, onde seria realidade e possível se houvesse a vontade e empenho coletivos, estabelecendo uma série de requisitos para que a “escola de qualidade total” se torne uma realidade, tais como:

  • O seu corpo social venha a delinear, em conjunto, uma visão compartilhada de Excelência em Educação;
  • Seja firmado um pacto para a qualidade no qual cada parceiro – alunos, professores, dirigentes, técnicos, servidores, pais e sociedade – tenha um papel definido a representar, e;
  • Cada elemento da comunidade escolar assuma um compromisso individual e, de modo solidário, trabalhar responsável e positivamente para a causa educacional comum.

Este, com certeza, é o caminho para que possamos melhorar o nível de qualidade na Educação do Brasil!

O Brasil precisa de mão de obra qualificada para fazer sua economia avançar, o que implica antes de tudo um desempenho do ensino bem superior ao verificado pelo Ideb, com estas metas medíocres! Deficiências no ensino nos níveis registrados tem reflexos diretos na produtividade e na competição, fazendo com que o Brasil fique em desvantagem em relação a outros países.