Não raras vezes encontram-se pessoas tecendo criticas às suas famílias, nas mais variadas situações e quase sempre relacionadas pela dificuldade de convivência.
Se pararmos um pouco e refletirmos, percebemos que desde bebês, há conflitos de interesses e prevalece a lei do mais forte. Por estes dias me ative a observar uma matilha de filhotes de cachorros. Percebi e reconheço que o relacionamento entre animais é por vezes de admirar e de aprendizado constante. A mãe-cachorra promovia conflito entre os filhotes para que não dividissem o seu prato de comida.
Com isso, suponho que estaria passando lições de sobrevivência e, ao amamentá-los, permanecia imóvel. E de repente a mãe-cachorra saia mansamente, deixando seus filhotes sozinhos, que a principio chorava a ausência da mãe e depois se “ocupavam” uns com os outros, rolando pelo gramado. Quando a cachorra retornava junto a eles, os filhotes corriam até a mãe, esta era assediada e voltavam a chorar novamente.
Se observarmos “nós” filhos repetimos as lamúrias e choros com nossos pais, sempre no sentido de “querer” um colo e um ombro para as queixas e infelicidades. Ainda bem, que nem todas as famílias são iguais. Há famílias que convivem em harmonia entre as gerações tranquilamente sem muitos tropeços.
As virtudes aprendidas em família são passadas de geração em geração. E há em nós, atitudes aprendidas, que outrora reprimidas passamos a repeti-las com nossos filhos, quer queiramos ou não.
A família é um lugar onde se aprende e se ensina a arte de viver.
Até o próximo sábado!
Maria de Lurdes Fontana – dudyfontana@brturbo.com.br