Dando continuidade ao post anterior, segue o primeiro artigo, publicado, do Volnei Ferreira de Castilhos.
Para que a empresa obtenha o tão desejado sucesso, além de ter um bom produto, possuir diferenciais competitivos, investir em pessoas, ter um foco definido no mercado em que irá atuar, é necessário que ela possua bons controles. Infelizmente, grande parte dos empresários – sejam os que já estão no mercado ou os que estão abrindo um negócio – acredita que basta uma boa idéia e capital para investir. Que por ser um pequeno empreendimento não há a necessidade de um planejamento estratégico ou de uma boa contabilidade para tomar decisões.
E este é o maior equívoco (prova disso é que uma recente pesquisa do SEBRAE revela que metade das micro e pequenas empresas fecham antes mesmo de completar dois anos). Independentemente do tamanho da empresa, o planejamento é essencial para a manutenção e crescimento do negócio.
Algumas recomendações e sugestões de relatórios e controles para organizar as finanças da empresa:
1) Ter uma política de concessão de crédito nas vendas a prazo, bem definida;
2) Agilidade para acompanhar e cobrar os recursos das vendas a prazo que estão em atraso;
3) Possuir um relatório de controle de contas a receber;
4) Ter um relatório de inadimplência, contendo os dias de atraso por faixas de valores;
5) Desenvolver um relatório de duplicatas a pagar;
6) Controlar o tempo que demora em vender todos os estoques;
7) Ter um planejamento de compras em sintonia com as metas de vendas;
8) Fazer levantamentos periódicos no inventário, com objetivo de prevenir fraudes, desvios, roubos e não manter estoques desnecessários;
9) Ter relatórios que determinem o valor justo do preço de venda;
10) Apurar corretamente os custos da empresa;
11) Separar os custos da empresa em variáveis e fixos e observar suas evoluções mensais;
12) Acompanhar a evolução dos custos fixos em relação à evolução do faturamento da empresa;
13) Acompanhar a evolução das despesas operacionais da empresa;
14) Ter relatórios que mostrem a margem de contribuição dos produtos;
15) Ter uma boa contabilidade gerencial para tomada de decisão;
16) Avaliar o impacto dos Custos Financeiros nas operações da empresa;
17) Não fazer nenhum investimento sem verificar o comportamento e a disponibilidade financeira da principal ferramenta da Gestão Financeira das Empresas: o Fluxo de Caixa.
18) Usar recursos de longo prazo para investimentos em construção e imobilizados com o objetivo de não sacrificar o capital de giro da empresa.
Dica de Livro: Guia Prático de Administração Financeira – Robert Assef – Editora Campus
Volnei Ferreira de Castilhos: volneifc@terra.com.br
O que vc falou é real, porém a mudança de cultura organizacional para controles mais rigorosos eu acredito que seja a principal dificuldade.. depois disso ainda tem que deixar os dados atualizados, o que complica mais ainda.. mas com certeza o caminho é este..